Mas afinal, o que é empoderamento feminino?

Empoderamento feminino. Este foi o termo mais procurado no Brasil em 2016, segundo um estudo sobre tendências visuais divulgado pelo site Shutterstock. 
Aposto que você ouviu falar disso no trabalho, apareceu no seu feed de notícias do Facebook ou você viu em alguma mídia por aí. 



Primeiramente, empoderamento feminino é diferente de feminismo. Feminismo é resumidamente um movimento que prega a ideologia da equidade social, política e econômica entre os gêneros. 
Empoderamento feminino é a consciência coletiva, expressada por ações para fortalecer as mulheres e desenvolver a equidade de gênero. É uma consequência do movimento feminista e, mesmo estando interligados, são coisas diferentes. 
Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si. Dessa forma, também é possível fazer o empoderamento de outros grupos sociais, como o empoderamento negro e até empoderamento dos idosos, por exemplo. 
As pessoas oprimidas ou que recebem menos atenção na nossa sociedade, muitas vezes não têm consciência de seu próprio poder, e as mulheres estão incluídas neste grupo.
 É daí que surge o empoderamento. As mulheres precisam reconhecer que elas são capazes, para então poder começar a fazer mudanças.

Em 2010, a ONU lançou os princípios de empoderamento das mulheres, a fim de pôr em prática seus propósitos para um mundo melhor. São eles:
Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

Sete anos se passaram e esses princípios ainda precisam ser massivamente aplicados. 
O empoderamento está presente em grandes ações, como por exemplo, quando empresas decidem seguir uma política interna de equidade entre gêneros e quebra de preconceitos contra as mulheres. Mas também está no dia a dia, quando uma amiga fala para a outra “Aceite seu corpo, ele é lindo” ou “Você pode viajar sozinha sim, isso vai contribuir para a sua carreira”.

Se você for mulher, é possível aplicar o empoderamento na sua própria vida, trabalhando a sua confiança, se fortalecendo e tendo ambição para seguir os seus sonhos. Assim que você se sentir uma mulher empoderada, você poderá encorajar amigas, parceiras e familiares a fazerem o mesmo. Assim como neste texto, em que cada pessoa que ler terá uma nova percepção sobre esse conjunto de palavras, e poderá conscientizar ainda mais mulheres.

Texto de Júlia Steuernagel Assis.

Comentários